Claudia Santos Cruz destaca a necessidade de carreiras jurídicas sustentáveis para mulheres em África

No âmbito da conferência IBA African Regional Forum, Claudia Santos Cruz, sócia da Morais Leitão e MDR Advogados, moderou a sessão “Women lawyers keynote address and fireside chat”, com intervenções de Feizin Amlani (Excellent Consulting) e Sarah McKenzie (Webber Wentzel), onde sublinhou a urgência de as sociedades de advogados africanas criarem percursos de carreira sustentáveis para mulheres advogadas, de forma a evitar a perda de talento qualificado.

Durante a discussão, a nossa advogada referiu que a cultura do trabalho 24/7 continua a ser vista como uma inevitabilidade, mas isso tem consequências graves. Não é possível avançar enquanto profissão e continuar a perder o talento e a experiência daqueles que querem usufruir de uma família e de uma carreira.

Claudia destacou ainda que a remuneração já não é suficiente para garantir a retenção de talento:

«Não se trata apenas de remuneração; penso que essa é a novidade dos últimos 10 anos. As pessoas costumavam entrar na profissão porque era intelectualmente desafiante e também muito bem remunerada. Isso já não é suficiente.»

Reconhecendo que a mudança cultural não acontecerá de forma imediata, Claudia reforçou a necessidade de adaptação:

«É improvável que a cultura mude radicalmente a curto prazo, mas temos de aprender a gerir as consequências de algumas destas questões.»

Além da sessão dedicada às mulheres advogadas, Claudia participou também como oradora na mesa-redonda plenária “Doing business in Africa: legal realities behind the headlines”, que reuniu advogados de diferentes regiões do continente para debater os desafios jurídicos das transacções em África.

A conferência decorreu em Joanesburgo, nos dias 18 e 19 de setembro e reuniu advogados de várias jurisdições para debater a integração tecnológica, as tendências globais e o impacto dos critérios ESG na práctica jurídica.

A presença ativa de Claudia Santos Cruz nesta conferência reforça o papel da Morais Leitão e da MDR Advogados no debate internacional sobre a práctica jurídica em África, em particular no que diz respeito à promoção de carreiras mais inclusivas e sustentáveis.

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